segunda-feira, 28 de abril de 2014

BENJAMIN BARBER FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS CIDADES EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS GLOBALIZADO


A tendência à municipalização do poder parece sugerir uma tendência de aproximação do executivo em relação às ações para a solução dos problemas locais e quotidianos, num esforço de colocar frente à frente, governo e cidadão.
Parece bem louvável e razoável esta iniciativa, quando se olha para a administração federal em países de dimensões continentais. As distâncias entre os problemas e as ações para solucioná-los depende de uma capilaridade que na maior parte das vezes é deficitária, seja em eficiência, em eficácia ou em efetividade.
A nova proposta, e que nem é tão nova assim, remete a uma reedição histórica que remonta ao período pré surgimento dos estados nacionais, como o autor aponta.
Estaríamos revisitando a história e aprendendo com ela, após o seu tão propalado fim?
Tirem suas próprias conclusões no link abaixo com a entrevista de Barber a Luís Fernando Silva Pinto do "Milênio", na Globo News.
"Benjamin Barber fala sobre importância das cidades em um mundo cada vez mais globalizado"

 

sexta-feira, 25 de abril de 2014

"UNSUNG HERO" (Official HD) : TVC THAI LIFE INSURANCE 2014 : โฆษณาไทยประ...

SOBRE UM COMERCIAL TAILANDÊS...

Caros, 
Vejam que "sacada" da Ogilivy, em comercial na Tailândia!
https://www.youtube.com/watch?v=uaWA2GbcnJU&feature=player_embedded
Scheila Fogaça



Prezada
Bela mensagem!
Enquanto mensagem, é muito ética e, portanto, universal!
Um belo exemplo de "life style" que nos faz pensar!
Por um momento eu achei que ele não suportaria a demanda,... em alguns casos, até mesmo transmutada em obrigação!...
Mas a caridade desprendida tornou-se sustentável de forma miraculosa e sinérgica, inesgotável e retroalimentada.
Fiquei pensando em ajuda real e verdadeira, aquela onde se ensina a pescar, mesmo que no início, às vezes bem prolongado, se opte por dar apenas o peixe!...
[ou seja, a diferença entre políticas de inserção e políticas de inclusão social]
Ao final, porém, me dei conta de que esta é uma propaganda de "seguros"...
Como missão e valor, ela deveria proporcionar garantias (em pecúnia) para "vidas", mas desde que seja uma "vida boa", plena, e que valha a pena ser vivida.
Mas será que uma empresa de "seguros" efetivamente faz isso?!
Ao tentar "valorizar" a vida [criar valor intangível para ela] objetivaria-se, indiretamente, fazer o mesmo com as apólices, este sim, produto comercializável do seu negócio e do qual faz propaganda!
Creio que este é um belo caso de confusão e imbricamento (seja intencional ou não) entre meios e fins, como vc mesma aponta, essencial no mundo do Marketing.
Enorme paradoxo que quando desdobrado e desconstruído, revela as contradições de uma mensagem que, à primeira vista, teria tudo para ser nobre!
Só nos resta escolher esta parte, aquela que o "dinheiro não compra", como diz a mensagem principal e paradoxal do vídeo, num mundo sedento de valores qualitativos mais elevados!
Bjs e obrigado!
Fernando Hello


Fê, muito legal sua reflexão. O que chamou minha atenção foi como e por que motivo, eu havia me emocionado. Confesso que em nenhum momento a "seguradora" cliente da agência de publicidade, atrapalhou-me. Se a publicidade fosse no Brasil, talvez eu pensasse sim, se precisasse, em escolher "tal" seguradora. Mas isso foi secundário. E a isso atribuí o valor de "acertar o alvo". Foi uma criação "inteligente" ao meu modo de ver as coisas. A "criação" trabalhou o imaginário positivo. Certamente essa "criação" não se daria no Brasil porque os valores tácitos da Tailândia são diferentes dos do Brasil. Aqui soaria "falso", impossível, ou fraudulento... Mas era apenas isso. Eu "guardei" a mensagem da publicidade (talvez porque eu seja um pouco assim... quem sabe??), independente de qual produto a publicidade desejasse vender. Para mim ela "vendeu" a validade da generosidade, sempre. [...]
Valeu!!
Scheila Fogaça

Prezada
Concordo em gênero, número e grau!
Pensando em cima disto, fico imaginando: e se esta fosse uma propaganda, por exemplo, de uma ONG trabalhando com qualidade de vida, ou com solidariedade social, economia solidária, empoderamento de populações marginalizadas em países de cultura competitiva e excludente, de capitalismo selvagem, etc.
O que eu quero dizer é que ela seria tanto mais excelente quanto mais alinhados e afinados seus diferentes planos, intencionalidades e contextos, todos sinérgica e mutuamente potencializados!
Sem ser da área, creio que este seria o "Graal" da propaganda!
... uma grande alquimia, ao transformar chumbo em o-u-r-o!
Besos
Fernando Hello

SOBRE A QUESTÃO DA #VIOLÊNCIA: ASSUSTADORES RITUAIS DE PASSAGEM

Prezado
... por onde andas?... 
[...]
Escrevo aproveitando o ensejo, pois ontem finalmente entendi o porquê esses menores matam e fiquei duplamente estarrecido: primeiro, porque com toda minha formação e experiência, não conseguia entender e jamais imaginaria que o motivo era este e, segundo, pela crueza do fato em si.
Ontem, indo à um Seminário sobre "Economia Solidária na Pedagogia das Virtudes", ouvindo uma professora da Faculdade Educação da UnB [Dra. Sônia Marise Carvalho] sobre o assunto, ela relatou uma experiência com menores infratores num desses presídios.
Depois de um tempo, diz ela, trabalhando adquirindo confiança do grupo, este resolveu lhe contar o porquê eles tinham, mais cedo ou mais tarde, que matar, e o motivo, fiquei boquiaberto, era puramente simbólico: ELES MATAM SIMPLESMENTE PARA SEREM "INICIADOS" (RITUAL DE PASSAGEM) E, ASSIM, PASSAREM A SER RECONHECIDOS E A FAZER PARTE DO GRUPO E SE AUTO AFIRMAREM!!!
Essa constatação, através desse relato, que faz todo o sentido, me deixou completamente estarrecido!!!
Finalmente eu havia descoberto o porquê de mortes tão absurdas e violentas praticadas por esses menores.
Simples assim! Tão simples que derruba todas as teorias sofisticadas para explicação da violência, etc. e tal.
E faz todo o sentido pois tanto essa autoafirmação quanto a afirmação frente ao grupo é próprio e característico dessa idade! É óbvio! Mas, ao mesmo tempo, perverso!
Assustador, real e cruel!!!...
Abs
Fernando Hello
Olá Fernando,
[...] 
Devo retornar às atividades no dia 23/04.
Quanto aos menores já tinha lido algo sobre o assunto e realmente não surpreende, porque talvez complete uma parte do pensamento que eu tenho
que é a "indole" do sujeito; é perversa, embora alguns acreditem em cura.  Mesmo sendo jovens, você há de convir que matar uma pessoa para se afirmar perante o grupo, é antes de mais nada, uma pessoa com graves problemas de personalidade, é assim que enxergo.
Se mesmo jovem, ele não tem nenhum respeito pela vida, pelo próximo e por coisas simples como fraternidade e outras coisas mais, e a própria lei que é no mínimo conivente com os "menores", isto vai acabar mal.  É só lembrar que a "vida" de um futuro marginal vai em média até os 25 (vinte e cinco) anos, você sabia? Se ele não morrer vai para a cadeia.  Ou seja, não tem futuro.  Bom não vou me estender mais e agradeço pela sua atenção.
Um abraço
Pedro Mendes
Alô camaradas,
É interessante a pesquisa ou melhor esclarecedora, a respeito de um ponto que para mim não foi analisado: a responsabilidade dos pais.
Agora, imputar a responsabilidade totalmente sobre a sociedade é que é um erro.  Não se cobra nada dos pais? Não tem responsabilidades nenhuma os pais?
Acho que o diagnóstico está correto mas as atitudes para corrigir é que são elas e ai começam os problemas.
E não é só educação que vai resolver.  Tem que avaliar bem os problemas sociais, médicos e psicológicos também, eles são importantes.
É preciso ter cuidado com as coisas que se diz, senão, os "menores" não têm nenhuma responsabilidade e seus responsáveis também.
Bem é minha opinião, leiam o artigo abaixo, é importante para entender o problema, ou parte dele.
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/03/25/interna_cidadesdf,419282/mais-da-metade-dos-menores-infratores-nao-tem-a-presenca-do-pai-na-familia.shtml
Um abraço para todos.
Pedro Mendes


quinta-feira, 24 de abril de 2014

"PROCURAM-SE ESTUDANTES" - Thomaz Wood Jr. (Revista Carta Capital – 10-Abr-2014) 

"Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção."
"Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja. 
Aluno é aquele que atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes. 
Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.
Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que o show tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vem o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.
As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.
Especialistas de índole crítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets e pedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está.
Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser a causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pele e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, pois são incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói."

Prezado Gilberto Canto
Tomando a liberdade de publicar neste Blog este texto acima que vc me enviou, tentei esboçar alguns comentários a respeito.
Efetivamente... nunca tinha me dado conta desta distinção que o autor faz entre aluno e estudante!
Entendo, porém, que ela é o ponto central da mensagem que ele quer passar, apesar do jogo de palavras, mesmo porque, comumente, usamos as duas palavras indistintamente (ou seria  impensadamente...!?)
Concordo com o autor na avaliação que ele faz da realidade atual da sala de aulas.
Mas, por outro lado, essa mudança de posicionamento subjetivo que faz o indivíduo passar de aluno a estudante, não seria ela a própria missão ("impossível", como dizia Freud) da educação?!... Não seria esse o próprio Ethos da Educação?!... Não seria esta a matéria-prima sobre a qual deveria agir o processo educativo?!... sobre esse aluno que deverá virar estudante autônomo e cidadão emancipado?!...
Creio que faltou autoanálise ao autor, à própria função do educador e ao lugar a partir do qual ele critica o próprio substrato da sua intencionalidade educativa!
Afinal, como pode o artista escultor criticar a pedra bruta?!...
Creio que esse é o nosso enorme desafio como educadores em tempos de Internet, redes sociais e iPhones... hummm...
Por isso é que eu sempre digo (e até mesmo me policio o tempo todo): a educação é um terreno movediço onde, a cada instante, a cada segundo, temos que repensar nossas práxis e aprender de nosso próprio discurso e do lugar a partir do qual falamos o que falamos... ou seja, a eterna diferença entre enunciados e enunciações, entre discursos e práticas! 
Freud, definitivamente, explica!
 

Abs

Fernando Hello

quinta-feira, 3 de abril de 2014

TAO – A SABEDORIA DO SILÊNCIO INTERNO

TAO – A Sabedoria do Silêncio Interno

DIÁLOGO SOBRE AVIÕES NO FACEBOOK...


Espetacular aterrisagem em Queenstown-NZ

Jose Liborio É por isso que eu admiro todos os profissionais civis e militares de aviação. Não tem tecnologia que supere a capacidade desse povo, só torna as coisas mais fáceis. Costumo dizer que quando eu entro em uma aeronave confio 1000% em todos os profissionais envolvidos e que se acontecer algo, ao menos vou de um lugar mais perto de Deus.
O que acho incrível é que quando falamos com um ou uma comissário(a) , piloto civil ou um veterano de guerra militar parece que eles foram simplesmente fazer algo e não foi nada demais... O caramba! São elite de uma atividade maravilhosa!
Que presentão ! Me levou às lágrimas. Obrigado!


Fernando Antonio Hello Pois é, Jose Liborio, eu compartilho seus comentários, suas paixões pela aviação e as emoções que ela nos desperta. Certamente, o filme nos leva a uma dimensão espacial, que destaca nossa relação com o planeta através das leis imutáveis da natureza. E ninguém melhor que um profissional da aviação para conhecê-las a fundo e respeitá-las rigorosamente, em seu sentido mais estrito. Creio que é exatamente isto o que nos emociona: o conhecimento e o respeito rigoroso à tantas leis em jogo na consecução segura dos objetivos dessa atividade (transportar pessoas de forma segura, rápida e confortável), o que enobrece sobremaneira a função, e nos ensina a todos uma relação de profundo respeito, admiração e reverência às especificidades da natureza, da vida e, por extensão, do planeta que habitamos e que, no fundo, tanto amamos! Abs.

Gilberto Allesina Já pousar em Tegucigalpa, mesmo com todas as tecnologias existentes, é sempre um desafio para os corações... http://www.youtube.com/watch?v=iAxAso8xSo0

Gilberto Allesina Outro pouso tenebroso em Tegu... http://www.youtube.com/watch?v=Jw4PHhLBbrU