Este texto abaixo me foi encaminhado por meu amigo M.
Minhas observações seguem logo depois do texto recebido.
É sabido que as parábolas e fábulas são excelentes instrumentos de ensino-aprendizagem, usadas desde os tempos mais remotos, inclusive pelo mestre dos mestres, como nos relatam os evangelhos. Elas têm a capacidade de nos mostrar uma questão complexa com a vantagem do distanciamento e da alusão, evitando o embate direto de ideias e (pré)-conceitos. Nada mais útil, portanto, nos dias atuais onde a complexidade das decisões e alternativas de intervenção são tão problemáticas e excludentes. E este é bem o caso aqui:
Um cidadão europeu me mandou a seguinte narrativa:
"Comprei uma casinha, dessas abertas, para alimentar pássaros. Pendurei-a na varanda e a supri com ração. Ficou uma beleza! Carinhosamente nunca deixei faltar as sementinhas.
Depois de uma semana, tivemos centenas de aves que se deleitavam com o fluxo contínuo de comida livre e facilmente acessível.
Então, os pássaros começaram a construir ninhos nas beiras do pátio, acima da mesa e ao lado da churrasqueira.
Depois veio o cocô. Estava em toda parte: nas cadeiras, na mesa ..., em tudo! Algumas aves mudaram de comportamento. Tentavam me bombardear em voo de mergulho e me bicar, apesar de eu ser seu benfeitor.
Outras aves faziam tumulto e eram barulhentas. Elas pousavam no alimentador e a qualquer hora, ruidosamente, exigiam mais comida quando esta ameaçava acabar.
Chegou uma hora que eu não conseguia mais sentar na minha própria varanda. Então, desmontei o alimentador de pássaros e em três dias acabaram indo embora. Limpei a bagunça e acabei com os ninhos que fizeram por todos os lados.
Assim, tudo voltava ao que costumava ser: calmo, sereno .... e ninguém exigindo direitos a refeições grátis.
E o remetente da história conclui:
Um cidadão europeu me mandou a seguinte narrativa:
"Comprei uma casinha, dessas abertas, para alimentar pássaros. Pendurei-a na varanda e a supri com ração. Ficou uma beleza! Carinhosamente nunca deixei faltar as sementinhas.
Depois de uma semana, tivemos centenas de aves que se deleitavam com o fluxo contínuo de comida livre e facilmente acessível.
Então, os pássaros começaram a construir ninhos nas beiras do pátio, acima da mesa e ao lado da churrasqueira.
Depois veio o cocô. Estava em toda parte: nas cadeiras, na mesa ..., em tudo! Algumas aves mudaram de comportamento. Tentavam me bombardear em voo de mergulho e me bicar, apesar de eu ser seu benfeitor.
Outras aves faziam tumulto e eram barulhentas. Elas pousavam no alimentador e a qualquer hora, ruidosamente, exigiam mais comida quando esta ameaçava acabar.
Chegou uma hora que eu não conseguia mais sentar na minha própria varanda. Então, desmontei o alimentador de pássaros e em três dias acabaram indo embora. Limpei a bagunça e acabei com os ninhos que fizeram por todos os lados.
Assim, tudo voltava ao que costumava ser: calmo, sereno .... e ninguém exigindo direitos a refeições grátis.
E o remetente da história conclui:
"Nosso
governo dá a comida de graça a quem precisa, habitação subsidiada,
assistência médica e educação gratuita; permite que qualquer pessoa
nascida aqui receba automaticamente a cidadania.
Aí os ilegais chegaram às dezenas de milhares. De repente, os nossos impostos subiram para pagar os serviços gratuitos; pequenos apartamentos estão abrigando cinco famílias; você tem que esperar 6 horas para ser atendido numa emergência médica; seu filho, cursando o segundo grau, está à procura de outra escola, porque mais da metade da sua classe não fala a nossa língua. As caixas de cereais matinais agora vêm com rótulos bilíngues. Sou obrigado a usar teclas especiais para poder falar com o meu banco no nosso idioma e a ver pessoas estranhas acenando bandeiras, que não são a nossa, e ouvi-las berrando e gritando pelas ruas, exigindo mais direitos e liberdades gratuitas.
Aí os ilegais chegaram às dezenas de milhares. De repente, os nossos impostos subiram para pagar os serviços gratuitos; pequenos apartamentos estão abrigando cinco famílias; você tem que esperar 6 horas para ser atendido numa emergência médica; seu filho, cursando o segundo grau, está à procura de outra escola, porque mais da metade da sua classe não fala a nossa língua. As caixas de cereais matinais agora vêm com rótulos bilíngues. Sou obrigado a usar teclas especiais para poder falar com o meu banco no nosso idioma e a ver pessoas estranhas acenando bandeiras, que não são a nossa, e ouvi-las berrando e gritando pelas ruas, exigindo mais direitos e liberdades gratuitas.
É apenas a minha opinião, mas talvez seja hora de também o governo desmontar o alimentador de pássaros.
Se você concordar, passe adiante; se não, simplesmente continue limpando a sujeira!..."
Se você concordar, passe adiante; se não, simplesmente continue limpando a sujeira!..."
Minha resposta:
Prezado M.
Creio que esta fábula refere-se, antes de mais nada, à questão das políticas públicas e seus ajustes.
Fernando Hello
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